sábado, 24 de setembro de 2011

Dialogando com a Gestão Escolar

Depois de algumas semanas distantes do Estágio Supervisionado I devido à greve dos professores e também por ter acontecido o Encontro de Pesquisa em Educação em Alagoas - EPEAL, podemos afirmar que o nosso retorno às atividades de campo foi reiniciado com o pé direito, uma vez que tivemos a oportunidade de conversar com a vice-diretora da instituição escolar na qual o estágio está sendo desenvolvido. O conteúdo desse diálogo foi bastante rico e serviu para que o grupo expandisse conceitos sobre os mais diversos assuntos referentes tanto a gestão educacional quanto ao funcionamento da escola como um todo. Esse diálogo que estamos nos referindo aconteceu em 19 de setembro de 2011, contou também com os demais grupos que fazem parte do Estágio Supervisionado I e teve duração aproximada de 1 (uma) hora.

De início, a vice-diretora, que tem sua formação acadêmica em Letras e faz parte do quadro de profissionais efetivos da escola, esclareceu que foi convidada para compor a chapa e tomou posse em eleição direta há quase quatro anos. Entre avanços, obstáculos e embates, a vice-diretora, mencionou a importância de o gestor saber liderar, já que o convívio com professores, pais, alunos, parte administrativa, é bastante intenso, consequentemente exige responsabilidade, dedicação e organização. Ela explicitou a relevância do saber ouvir por parte da equipe gestora além da capacidade de saber lidar com as mais diversas situações, uma vez que cabem aos gestores a demanda proveniente de toda a escola.

É importante evidenciar que a escola encontra-se na Ponta Verde, um bairro nobre da cidade e os alunos que compõem o corpo da instituição, em geral, são de classe média baixa e trabalham pela proximidade da região no horário oposto da aula. Tratam-se principalmente de trabalhadores, filhos de trabalhadores ou pessoas vindas do interior que em sua maioria, são originários dos bairros da Pajuçara, Ponta da Terra, Jatiúca, entre outros. Conforme dito pela gestora, a comunidade que reside na região apoia o trabalho desenvolvido, ajuda na preservação da mesma e contribui para manter os alunos na escola, enfatizou ainda que a procura para trabalhar na escola por parte dos concursados estaduais é bastante elevada devido à localização e à estrutura física da instituição.

Em relação aos aspectos positivos que circundam a escola, a vice-diretora explanou sobre o envolvimento e a participação efetiva da comunidade dentro do ambiente escolar bem como os Projetos de Leitura, Escrita e Esporte oferecidos aos alunos, o excelente quadro de corpo docente presente na instituição e o empenho de todos os colaboradores para um bom desenvolvimento funcional da instituição. Para melhor ilustrar, foi explicado que não há hierarquia, por exemplo, em um dado momento a vice-diretora pode está resolvendo uma determinada circunstância crítica e em um momento posterior, a mesma pode estar executando uma atividade de limpeza. Já sobre as principais dificuldades, a gestora citou a necessidade de reformulação do Projeto Político Pedagógico (PPP), a ausência de uma quadra poliesportiva melhor estruturada e a falta de profissionais para trabalhar com os alunos portadores de necessidades especiais.

Sobre a continuidade do trabalho como gestora, a vice-diretora destacou que haverá uma nova eleição em outubro, entretanto não disputará novamente por nenhuma chapa, pois observa que é necessário dar oportunidades para outros gestores bem como solidificar a formação de mais líderes para perante o processo de gestão escolar. Ao término de sua gestão, ela pretende retornar as atividades enquanto professora dentro das salas de aulas.

Durante esse encontro nos foram apresentadas as principais instalações da escola, tais como: as salas de aula, a sala de leitura, os banheiros, a cozinha, as salas dos professores, a sala da coordenação, a sala de vídeos, entre outros ambientes. Salientamos que as instalações físicas mencionadas foram registradas por meio de fotografias, das quais irão constar aqui no nosso blogger em breve para que todos possam ter acesso.

Por enquanto ficamos por aqui e estamos na expectativa de socializar nossas experiências para que possam nortear debates e reflexões acerca da temática proposta. Até o próximo encontro! =)

Karine Greyce
Keli Silva
Lílian Bárbara
Luysla Grigório

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Atividade 1 - Estágio Supervisionado

Em primeiras linhas, é possível afirmar que consoante explanam CASSOL e CROCE (2011) em “O Estágio em Gestão Educacional: uma experiência de ensino como pesquisa na formação do pedagogo”, o Estágio Supervisionado em Gestão tem como pontos norteadores a eminência do graduando do curso de Pedagogia como um sujeito crítico e autônomo para exercer futuras práticas pedagógicas.

Um outro aspecto bastante veemente mencionado pelas autoras refere-se à relação entre teoria e prática enfatizadas no artigo, na qual a sala de aula é o espaço tradicionalmente considerado como ponto chave para a aquisição de conhecimentos e debates acerca de temas referentes à Educação enquanto a ida aos espaços escolares vivenciados pelos estagiários é primordial para a problematização, a reflexão e a tomada de conhecimento da realidade, uma vez que se trata da aplicação do conhecimento oriundo de estudos. Essa práxis tão salientada por CASSOL e CROCE (2011) pode ser melhor ilustrada quando as autoras explicitam a maneira pela qual o estágio deve ser desenvolvido através da Resolução n.170/2005:

Estagio Curricular Supervisionado de Gestão I – com carga horária de 68 horas e deve ser desenvolvido da seguinte forma:
I - observação e análise do campo de estágio;
II - destaque de possibilidades para atuação em âmbito restrito ao pedagogo/gestor;
III - elaboração de plano de estágio a partir da realidade escolar;
IV - realização das atividades previstas no plano de estágio,
V - elaboração de relatório final de estágio. (p.5731)

Além da resolução observada anteriormente, outros indícios denotam a práxis como a principal concepção de estágio defendida pela autora, como por exemplo, a função de um professor encarregado de lecionar a teoria e a prática do estágio, a centralização da problematização em duas questões específicas, a demarcação inflexível da carga horária dividida em atividades práticas e teóricas bem como a elaboração de um pré-projeto como um instrumento dirigido para a execução das atividades bem como a ausência de projetos de intervenções e reelaborações.

Entretanto, apesar da importância estabelecida por CASSOL e CROCE quanto à práxis ensaiada durante o processo de estágio, é importante salientar que as autoras também observam, ainda que de forma mais tímida, o dado momento como um espaço suscetível para a formação de professores assim como o surgimento de um olhar investigativo e inovador desses profissionais.

É possível acessar o texto discutido na íntegra em:

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Princípios e Bases da Gestão Democrática


Olá Pessoal!

Estamos disponibilizando dois vídeos sequenciais que julgamos serem bastante significativos no que diz respeito à Gestão Democrática Escolar. Em Princípios e Bases da Gestão Democrática I e II temas como conceituação de Cultura, características de Educação e Gestão Democráticas são bem explanados e para melhor ilustrar, os vídeos apresentam importantes avanços conquistados por uma dada escola pública quando a mesma inicia o processo democrático e consequentemente, emergem excelentes resultados não apenas para a funcionalidade da escola, mas também para os alunos em suas particularidades pessoais. As reflexões e problematizações que aparecem em seguir também merecem ser destacadas, uma vez que são enriquecedoras para a formação crítica de todos que compõem a comunidade escolar.

Confiram e deixem suas opiniões!